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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Kerouac?

Desde os tempos imemoriais os homens amavam as mulheres. E como se em um segundo feito de sabe-se-lá-o-que eu encarei toda essa eternidade no fundo das tuas pupilas. Como se o todo o tempo estivesse condensado nas arestas do teu sorriso eu entreguei meu tempo no tique-taque do teu peito. De olhos fechados minhas mãos de areia percorriam o perímetro do teu corpo escorrendo nos segundos da tua ampulheta.

Minha Tristessa que não se permite chorar,
vai chorar até a tristeza passar.

E vem o abraço no escuro, as lágrimas que dizem não me abrace senão eu choro mais. Acho que ora eu, ora você precisamos. Um agarrado sob as asas do outro, protegidos da vida lá de fora. Então deixa eu me agarrar nessas tuas penas, voar, fugir. E olhar nos teus olhos. Porque tudo o que acontece lá fora, fica carregado dentro de nós, e a hora que essas coisas saem nós só temos os nossos próprios abraços para secar as lágrimas.

Deixa eu fugir, vem comigo, me esconde. Me protege e me guarda.

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