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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Notcturnes Opus 9

        "Te cobri de beijos, escorreguei por toda tua pele com meus lábios, até terminar na tua vergonha com meus carinhos."       
Quisera eu escrever uma sinfonia para você.
        "Te entreguei nas mãos todos os meus escudos. Joguei pro alto toda a minha arrogância."
Pra mim, a música é a mais bela expressão dos sentimentos humanos.
        "Sorri quando lembrei das suas rimas."
Alguns acordes, alguns arpejos, e uma melodia. Que arrepiam e tiram o ar.
        "Teus lábios me sugavam qualquer respiração, tuas mãos desencadeavam uma tempestade elétrica de arrepios na minha pele."
E pra compensar meus dotes musicais, eu fiz a minha sintonia de palavras.
        "Assoviei uma canção baixinho até você adormecer nos meus braços. Quente, calma, tão frágil."
Na página pautada, eu manchei os versos com tinta escarlate. Na tua pele branca, eu borrei o teu batom vermelho.
        "Teu abraço que me parece carrossel, me leva pra brincar, me faz perder toda a compostura e no fim, eu apenas sorrio."
Nas partitura, eu escrevi alguns versos. Compasso-ternário. Estrofes-de-ternura.
        "Não há nada a fazer, senão me entregar. Senão me perder no emaranhado de cabelos-pretos-enrolados."
A melodia, no fim, só queria dizer: Eu te amo.
        "Não há nada a fazer, senão cantarolar Chopin até enquanto você dorme nos meus braços."
A minha sinfonia, os meus versos, meus parágrafos, são todos para você. 


Pra você, minha maestrina.

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