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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Carinhoso.

Meu coração, não sei porquê, bate feliz quando te vê.

Com os olhos semi-cerrados à luz do sol ele esperava o ônibus. Olhos que ficavam ainda menores quando semi-cerrados. Olhos que tanto ele sabia que ela adorava. Pequenininhos assim, como ela chamava.
E assobiava um samba. Um samba assim que cantava de longa data.
Com uma poesia nas mãos ele embarcou. Lendo os versos de outros poetas ele pensava nos seus para ela. - "Me alimentando de poesia pra vomitar lirismo depois."
E ele dizia. - "Vão escrever histórias de amor sobre nós dois."
E assim, todos os dias, com poesia, samba, e amor, o domingo chegou.
Querido domingo de todos os santos.
Vem, vem, vem, vem domingo.
Dia dos santos, dia dos trabalhadores, dia que os soldados repousam as armas, dia do descanso.
Dia do amor, pra nós.
E assim, como todo outro eles esperavam o domingo chegar. Para enfim darem as mãos. Para enfim juntos serem felizes. Terem juntos o descanso no dia de todos os santos.
- "Então vem, deita na minha cama. Deixa eu encostar o ouvido na concha entre os teus seios. Pra ouvir o barulho do mar ritmado com o compasso do teu peito."
E eles vão dizer: - "Fica, fica, fica, fica meu amor."

Então serei feliz, bem feliz.

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