Páginas

terça-feira, 12 de junho de 2012

Penrose

Me atinge da melhor maneira,
como cachaça certeira.

Então vamos falar do tempo, de todas as coisas que eu já fui.
Daquele que sofreu, daquilo tudo que agora sou eu.
De tantos discos que eu ouvi, eles me fizeram
e a história agora flui.

De tantas gurias que eu tive, elas me fizeram.
Discos, gurias e alguns cigarros.
E agora, a história flui.
feito fumaça, esvai.
Assim, igual mas diferente.

Eu me olho no espelho e eu ainda sou o Lucas de dezoito anos atrás.
Eu pego o lápis, escrevo, e não sou o mesmo de um livro atrás.
De tantos livros que eu li, eles me fizeram.

Livros , gurias

discos, cigarros.

his tó ri a

Vai, constrói. Que é isso que você sabe fazer.
Destrói,
         que é pra isso que nós fomos
criados.
E cada coisa que eu fui vivendo,
foi me construindo.
Argamassando os blocos da consciência.
Fundando os pilares da personalidade.
As pedras gastas, o vidro polido
As salas abandonadas
                              os salões suntuosos
Tudo dentro
                 de mim.
De mim.
Escondendo nos degraus as nuâncias
de personalidade.
Construindo assim
Um pavilhão chamado eu. 

Um comentário:

  1. Olha, não sei se existe mesmo esse trem de literatura masculina e feminina, mas eu, sendo gay, tendo a ser mais sentimental. Leio você e vejo uma força que eu nunca conseguiria imprimir nos meus poemas. Adoro isso.

    Parabéns, Lucas.

    ResponderExcluir