. . . novamente.
Mais forte que qualquer cigarro que já traguei. Com seu nome invadindo meus pulmões, entrando peito adentro. A fumaça sairá serpenteando encaracolada pelo meu nariz, enevoando meus olhos feitos seus cabelos que me cobrem. As mãos tomarão lugar nas ancas. Arrancarão suspiros, afagos, gemidos e lufadas de fumaça. A névoa encobrirá as janelas, a fina película de suor filtrará a luz opaca da rua. Assim como o suor que lhe gruda nos seios, uma fina gota escorrerá da vidraça perfeitamente branca da sua pele. Invada-me, viola-me, destrua-me. Queime meus pulmões, arranque todo o meu ar. Até que no fim fique no meu peito apenas teu nome. Gemendo sôfrego, pedindo por favor que me ame. As mãos tremerão, as pernas fraquejarão. O vício irá alimentar o tesão. Alimentarei-me de ti. Até que as forças se esvaiam, jazeremos cansados no chão, arrastando-nos trôpegos pelos lençóis, encharcados, úmidos, molhados, enevoados e bêbados de nós. Como o cigarro fumado até o filtro largaremo-nos ao chão, com fumaça saindo dos pulmões, fraca, esvaindo-se, até apagar. Ficarão as cinzas espalhadas no chão. Até que novamente, alimentando o vício, acenderei o isqueiro, darei a primeira tragada de ti.
E tudo começará . . .
Que lindo, Lucas.
ResponderExcluirAqui de fora a gente sente tudo, todos os espaços que os corpos dão e cada mergulho que os corpos invadem.
Parabéns <3